Valorização do Território

Valorização do Território

Rio Sorraia – Aldeia do Peixe

“Instalaram-se em “palheiros” construídos em tábuas e coberturas de colmo, erguidos sobre estacas, não fosse o rio subir (…) A vida era dura e, no pico do Inverno, o frio quase insuportável, o que levava estes pescadores a reforçar o lado Norte dos palheiros com chapas de zinco. E não havia muito tempo para descansar, qualquer que fosse a época do ano. Na época do sável, estes pescadores exploravam o rio e pescavam, lanço após lanço, inúmeros destes peixes: chegavam a apanhar mais de 1500 de uma só vez! Frequentemente tinham de afugentar golfinhos que com eles concorriam na pesca do sável (…) O peixe era comprado por comerciantes da região que se deslocavam até aos pescadores. Quando não pescavam sável (ou savelha) apanhavam enguia, assim percorrendo todos os afluentes e “valas” do rio Tejo. (…) Se a pesca assim o exigisse, dormiam nos barcos, pequenas bateiras que se cobriam com um toldo de encerado armado com varas de cana.” – Prof. Dr. Henrique Souto

     

 

Gado Bravo no campo – Sesmaria de Santana – Coutada Velha

“Quando o toiro na lezíria é apartado,
numa faina bela e pura,
É tão lindo vê-lo solto e tresmalhado
cheio de força e bravura”

in Fado Toiros na Campina (Manuel da Câmara)

    

 

Foros da Charneca

“Olhos a arder em êxtases de amor,
Boca a saber a sol, a fruto, a mel:
Sou a charneca rude a abrir em flor!”

Florbela Espanca
in ‘Charneca em Flor’ 1931

      

 

Ponte Pedonal – Zona Ribeirinha de Benavente 

“Ninguém pode construir em teu lugar
as pontes que precisarás passar,
para atravessar o rio da vida
– ninguém, exceto tu, só tu.

Existem, por certo, atalhos sem números,
e pontes, e semideuses que se oferecerão
para levar-te além do rio;

mas isso te custaria a tua própria pessoa;
tu te hipotecarias e te perderias.

Existe no mundo um único caminho
por onde só tu podes passar.

Onde leva? Não perguntes, segue-o.”

Friedrich Nietzsche

 

       

 

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